A Terra produzirá o suficiente para alimentar a todos os seus habitantes quando os homens souberem administrar os bens que ela dá, segundo as leis de justiça, da caridade e de amor ao próximo. Quando a fraternidade reinar entre os diversos povos, como entre as províncias de um mesmo império, o supérfluo momentâneo de um suprirá a insuficiência momentânea do outro, e todos terão o necessário.

O rico, então, se considerará como um homem que tem uma grande quantidade de sementes. Se as plantar, produzirão ao cêntuplo para ele e para os outros. Se as comer sozinho, ou se desperdiçar o excedente do que não conseguir comer, ela não produzirão nada e delas não tirará proveito para os outros. Se as guardar em seu celeiro, os vermes a comerão“.

Texto retirado da obra O Evangelho Segundo o Espitirismo de Allan Kardec (Capítulo 25 – Observai os Pássaros do Céu).

(Por Maurício Ferreira Guimarães)

O texto abaixo foi baseado no artigo de José Augusto Pádua, “A Ocupação do Território Brasileiro e a Conservação dos Recursos Naturais”, o qual foi publicado no livro Unidades de Conservação: Atualidades e Tendências (Fundação O Boticário).

No Brasil, mesmo após séculos de desenvolvimento tecnológico, cultural e econômico, alcançando-se por fim, o almejado mundo globalizado, ainda hoje é notório a dificuldade de se alcançar resultados inerentes ao progresso em sintonia com o conceito de sustentabilidade e preservação do ambiente. Alguns filósofos, não no significado restrito de pessoas com formação específica, mas no que tange às pessoas que se preocupam em obter respostas a respeito deste fenômeno, atribuem esta persistência deste paradigma como fundamentado em uma base histórico-cultural.

Segundo autores, como o do texto referenciado, as razões pelas quais se dá a atual maneira de se trabalhar o ambiente frente às relações desenvolvimentistas são atribuídas ao modelo de colonização pelo qual se deu a ocupação do território brasileiro ao longo da sua história. De cunho estritamente exploratório, as nações que aqui se estabeleceram até a conquista da independência do País não tiveram outro objetivo se não o de se explorar as riquezas aqui “disponíveis” … uma janela de oportunidades, inesgotável para sua maioria.

Desde a descoberta do Brasil já se passaram mais de 5 séculos e aparentemente ainda é possível encontrar resquícios do modelo que por tanto tempo foi responsável por imensuráveis golpes contra o ambiente, incontestavelmente, aqueles relacionados às bens e riquezas mineral e vegetal. É fato que com o estabelecimento do modelo extrativista não seria de se esperar que os protagonistas por tais crimes não tivessem outra intenção se não a de enriquecer a qualquer custo, afinal de contas, estavam só de passagem.

Mas daí vêm algumas perguntas intrigantes: Por si só, o fato relatado é motivo para se acomodar alegando que seria então necessários mais 5 séculos para a solidificação de uma cultura ambientalmente correta? Somos, portanto, reféns de uma cultura dominante que geneticamente vem nos influenciando nas nossas tomadas de decisões? Depois de alcançada a nossa independência os termos a pouco utilizados: “só de passagem” e “a qualquer custo”, parecem não serem mais compatíveis, uma vez que o País e o Mundo colhem os frutos de macro projetos de exploração ecológica.

Conforme esclarece Pádua, no que se refere à relação com a natureza e o modo de relacionamento da sociedade com o seu entorno ecológico, as linhas gerais do modelo de ocupação e exploração do território podem ser definidas através de três características: 1) O mito do recurso natural inesgotável, baseado na idéia de fronteiras naturais sempre abertas para o avanço da exploração econômica; 2) Um grau considerável de desprezo pela biodiversidade e os biomas nativos e 3) Uma aposta permanente no regime de monocultura como fonte de enriquecimento econômico e instrumento eficaz de controle sobre o território.

Um exemplo claro e talvez, sendo este, um dos primeiros a se aprender no ensino básico, diz respeito aos recursos hídricos. Considerados como inesgotáveis e renováveis, sua degradação e contaminação foram negligenciadas por muito tempo, sempre se considerando que um dia, através de processos naturais cientificamente na época ainda não bem definidos resultariam na recuperação do impacto ocasionado pelas atividades antrópicas.

De fato a água não acaba, pois o seu volume no planeta é constante; Entretanto, o mesmo recurso pode ser considerado como passível de esgotamento se considerarmos uma determinada área geográfica. Esta afirmativa é correta, pois o Ciclo Hidrológico é o que atribui esta característica e dinâmica à água. De maneira bem simplista, inicialmente a água acumulada nos oceanos provenientes dos cursos de rios é evaporada para, depois de se condensar nas nuvens, voltarem a cair nos continentes através das chuvas. Apesar de se tratar de um ciclo, na concepção da palavra, este apresenta algumas peculiaridades baseadas em frágeis elos que quando quebrados, exaurem a água de uma determinada região, a levando para ocorrer outra localidade. Este é o caso, por exemplo, de grandes áreas devastadas. Parte da umidade que é encontrada em uma área advém da presença das árvores que a retém quando massas de ar úmidas transitam pelas áreas ocupadas. Essa úmida, bem como a chuva que também cai nessa região é responsável por alimentar os lençóis freáticos e os rios, bem como ocasionar novas chuvas. Quando esta cobertura é removida o ciclo hidrológico se adéqua, fazendo com que a água e umidade presentes naquela área estejam, agora, disponíveis em outro lugar, condenando a área outrora verde, à aridez e eventual desertificação.

Possíveis correlações entre as três características citadas acima, residem nos aspectos inerentes a: Educação Ambiental, tida como importante ferramenta que leva ao conhecimento do indivíduo os conceitos capazes de fomentar um melhor entendimento da estrutura e dinâmica do ambiente, bem como oferecer oportunidades de se alcançar meios racionais e sustentáveis na relação homem-natureza; e a Conscientização Ambiental, a qual trata das relações respeitosas e responsáveis do ser humano, no que tange a sua auto-preservação e a preocupação com as gerações futuras. Seria possível, portanto, elencar uma ou mais características, como aquela(s) que mais facilmente reflete(m) a cultura ambiental de uma empresa, a qual, por vezes, dita as regras sobre o modo como são conduzidas são atividades, cujos procedimentos que se perpetuam por anos, podem ou não causar impactos negativos ao ambiente, assim como passarem despercebidas ou serem apenas irrelevantes.

Cabe, contudo ressaltar que educação e conscientização ambiental devem sempre andar juntas, afinal de contas, como mencionado a pouco, de nada vale o conhecimento se não há a intenção de aplicá-lo de maneira inteligente, responsável e comprometida com o ambiente, ou seja, de maneira política e ambientalmente correta. Quando são observados crimes ambientais de grande repercussão, como derramamentos clandestinos de óleos, assim como aqueles de menor proporção, os responsáveis sabem exatamente as conseqüências de suas ações; Mesmo assim o fazem por falta de respeito a si próprios e à natureza. O que se pode concluir neste parágrafo, portanto, é que nem sempre uma boa educação ambiental e um trabalho efetivo de conscientização ambiental são suficientes para se obter bons resultados.

O modelo adotado por uma empresa para conduzir suas operações visa o lucro, caso contrário não teria o porquê de sua existência. Sua estrutura baseia-se, eventualmente, em pilares que têm como objetivos, seu crescimento; sua estabilidade; e reconhecimento no mercado, bem como da sociedade. A decisão pelo modelo de gestão a ser implantado, não pode, portanto, advir apenas de uma questão baseada na herança histórica responsável pela consolidação de paradigmas firmados por “poderosos” que por aqui passaram ou governantes que investiram seus esforços em tirar proveito da natureza em uma via de mão única. Atualmente, pode-se considerar que o desafio do desenvolvimento sustentável permeia por entre as engrenagens de um País e é tido como algo inevitável ditado e exigido não mais pelos comandantes das nações do planeta, mas sim pelos seus cidadãos que a cada momento tornam-se mais conscientes e responsáveis pelos impactos ambientais negativos decorrentes das atividades industriais e do uso e ocupação desordenados do solo. Trata-se de uma conscientização coletiva.

Até que ponto uma empresa, não por força legal, mas devido à sua conscientização ambiental, está disposta a investir mais recursos financeiros ou abrir mão de grandes projetos quando estes representassem risco de comprometimento de ecossistemas ambientais? É interessante verificar como se dá esta relação, já que dificilmente há uma preocupação em valorar a componente “natureza” como um ativo ou passivo numa estrutura empresarial. Seria este fato, algo inerente ao paradigma de exploração que corroeu, por anos e de maneira desrespeitosa, a relação do homem com o ambiente? Perceber como se pode ganhar com a preservação do ambiente ou o que se tem a perder com sua degradação, são premissas que vêm ocupando espaços, direta ou indiretamente nas políticas ambientais adotadas pelas empresas. Já faz muito tempo que a componente ambiente deixou de ser bandeira de ambientalista para se tornar uma commoditie capaz, portanto, de agregar valor financeiro a uma empresa que demonstra sua responsabilidade ambiental.

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Depois de grande expectativa em torno do citado evento … faltei! Apesar de até os meus 26 anos ter andado muito de ônibus, dessa vez não consegui me desapegar do meu carro, ou melhor, não tive coragem de encarar o “busão”. Sem querer justificar, mas já justificando, tive um dia bastante movimentado, tendo que estar em vários lugares ainda no período da manhã de hoje. Diga-se de passagem, ontem choveu cântaros aqui em BH o que ocasionou o corte no abastecimento de luz em várias localidades tendo, ainda hoje, cerca de 40.000 pessoas ficado sem energia, além de constatar que alguns semáforos não funcionavam mais, o que ocasionou alguns congestionamentos nas principais vias.

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Talvez a chuva tenha prejudicado um pouco a aderência ao evento aqui em BH, mas um fato bem interessante foi verificar um aumento no número de pessoas de bicicletas nas ruas, inclusive, observei um ciclista que fixara na traseira de sua magrela o seguinte dizer impresso em papel A4: “Menos Um Carro Nas Ruas”.

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Um pena! Esperei muito por este momento, mas triste foi notar uma mistura da HORA DO PLANETA (sem luz), com um DIA MUNDIAL SEM CARRO.

Enfim, espero não ter desapontado algumas pessoas. De qualquer forma, deixo aqui aberto este canal para que outras pessoas possam relatar suas experiências no dia de hoje. Deixou o carro em casa? Como foi na sua cidade?

Destaque para duas notícias que vincularam na web hoje:

 CAPIXABAS NÃO ADERAM AO DIA MUNDIAL SEM CARRO

http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2009/09/22/capixabas-nao-aderem-ao-dia-mundial-sem-carro-767725607.asp

o CAPIXABA não aderiu ao DIA MUNDIAL SEM CARRO, celebrado em mais de 40 países, nesta terça-feira. Os rotineiros congestionamentos nas principais via da Grande Vitória fizeram parte da manhã dos motoristas, marcado por um elevado número de veículos circulando pelas avenidas.

KASSAB E MORAES USAM ÔNIBUS NO DIA MUNDIAL SEM CARRO EM SP

http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,kassab-e-moraes-usam-onibus-no-dia-mundial-sem-carro-em-sp,439155,0.htm

Apesar de São Paulo não participar oficialmente do Dia Mundial Sem Carro, o prefeito Gilberto Kassab e o secretário de Transportes, Alexandre de Moraes, foram trabalhar de ônibus na manhã desta terça-feira, 22. Kassab saiu de casa, em Pinheiros, pegou um ônibus na Av. Faria Lima e foi de ônibus até a Rua Martins Fontes, de onde foi apé até o Viaduto do Chá, onde fica a sede da Prefeitura.

 Um grande abraço a todos,

 Maurício Guimarães

Um movimento que começou em algumas cidades da Europa nos últimos anos do século 20, e desde então vem se espalhando pelo mundo, ganhando a cada edição mais adesões nos cinco continentes. Trata-se de um manifesto/reflexão sobre os gigantescos problemas causados pelo uso intenso de automóveis como forma de deslocamento, sobretudo nos grandes centros urbanos, e um convite ao uso de meios de transporte sustentáveis – entre os quais se destaca a bicicleta”. (www.mountainbikebh.com.br/22setembro/).

Mais um evento ou movimento de conscientização ambiental está a caminho. Depois da Hora do Planeta, mobilização patrocinada pela WWF com foco na redução do consumo de energia onde fora proposto, durante 1 hora que todas as pessoas apagassem suas luzes, chega a hora do DIA MUNDIAL SEM CARRO (22/09/2009).

Apesar de não tão notório como a Hora do Planeta, haja vista os pouco mais de 300.000 registros no google, frente  3.110.000 registros do citado evento, o DIA MUNDIAL SEM CARRO é mais uma chance dada a sociedade de manifestar seu descontentamento com o descaso e desinteresse frente as questões ambientais, sendo primeiro consigo mesma, e por fim com os nossos governates e “líderes” mundiais.

Conforme descrito em meu texto postado em março de 2009,  intitulado “HORA DO PLANETA – AQUI NÃO!”, no dia 28 do mesmo mês, às 20:30, quando então apagadas as minhas luzes percebi que visualmente todas as luzes de fora permaneceram acesas, o que me fez pensar um pouco sobre nossa responsabilidade com o meio ambiente. Ora, se não somos capazes de apagar nossas luzes por apenas 1 hora, que direito temos de cobrar por mudanças. É sério, alguns podem fazer analogias com questões de ética. Por que se queixar de pessoas que furam fila se quando temos oportunidade de fazer o mesmo, o fazemos. Lógico, não precisa, talvez, ser tão radical assim, mas o fato é que se não fizemos a nossa parte, dificilmente teremos a oportunidade de presenciar um sentimento coletivo que tenha as mesmas ambições saudáveis com vistas a um mundo melhor, ambientalmente sustentável.

Faltam 05 (cinco) dias para o DIA MUNDIAL SEM CARRO … Participem! Como apresentado no site MONTAINBIKEBH.COM.BR, “Deixe seu sonho de consumo em casa, para viver numa cidade de sonho”.

Imaginem só, se fosse possível ir para o trabalho, academia ou qualquer outro lugar…de bicicleta.

Jorge, bicicleta

Algumas referências para lhe ajudar a decidir:

http://mountainbikebh.com.br/22setembro/

http://www.idec.org.br/emacao.asp?id=1178

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/conteudo_253006.shtml

Próximo Assunto.

Por Maurício Ferreira Guimarães

Nunca se esteve tão próximo das questões ambientais, mas, ao mesmo tempo, tão longe, do meio ambiente. Enquanto se discute meios para se evitar o fim da humanidade em decorrência das Mudanças Climáticas, “ocasionalmente” decorrentes do Aquecimento Global, observa-se que as pessoas têm tido cada vez menos oportunidades e noção de como é estar perto e conviver com a natureza.

Nem todos os imprevistos e desastres ambientais são meras ocasionalidades. Segundo resultados de pesquisas recentes, as quais me foram relatadas, mas que infelizmente não tive acesso a estas, o volume de chuvas anuais em grandes centros urbanos, têm se mantido constante. Desta forma, não é correto, portanto afirmar, que a cada ano que se passa um maior volume de águas das chuvas tem castigado os moradores destas localidades. Na verdade, pode até ser que elas não tenham apresentado a mesma distribuição em iguais períodos, ou seja, que em alguns meses haja um volume superior ao mesmo período dos anos passados, mas, em média, os volumes anuais têm sido o mesmo. Então o que está ocorrendo? O uso e ocupação desordenada do espaço urbano, substituindo áreas verdes por edificações e outras obras de engenharia que resultam na impermeabilização do solo, têm ocasionado efeitos negativos mais perceptíveis após períodos chuvosos aparentemente insignificantes, ou seja, chuvas que antes não ocasionavam estrago algum, passam a trazer transtornos para a sociedade. Isso ocorre, em suma, devido à ausência de “zonas de amortecimento” que evitariam que as águas das chuvas percorressem (por escoamento superficial) grandes distâncias sem infiltrar, até formar os tão famosos alagamentos noticiados ou deslizamento de encostas. Sem delongar muito este assunto, torna-se, também oportuno ilustrar, o que vem ocorrendo em algumas localidades do nosso litoral. Devido ao avanço das edificações em direção ao mar, algumas destas têm sido impiedosamente castigas pelo mar, sem que para isso, fosse necessário o aumento do nível dos oceanos. O mar, simplesmente, decorrente de um comportamento natural, tende a retomar seu espaço com alguma periodicidade.

Os relatos no parágrafo anterior demonstram a falta de tato com os fenômenos da natureza que se tornam simplesmente “desastres”, ao invés de serem encarados como algo natural, por desconhecimento das leis da natureza. Somos nós que estamos avançando cada vez mais contra ela e não o contrário. Parte destas observações são ciclos que ocorrem a bilhões de anos na Terra e que, portanto, em resposta ou não às ações do homem, tendem a ocorrer sem que este possa fazer algo contra. O interessante é constatar que o crescimento desordenado tem feito com que a mesma fique cada vez mais afastada da natureza, causando-a espanto, por exemplo, quando se tem a oportunidade de deparar-se com um tucano cruzando uma rodovia ou mesmo medo, quando um inseto “estranho” se aproxima. A natureza que as pessoas tendem a conhecer é aquela transmitida pelos canais de televisão. Documentários como os apresentados na Discovery Channel ou National Geographic levam para estas casas imagens de animais exóticos e de lugares paradisíacos que permeiam pela imaginação das pessoas, fazendo-as pensar que se tornará cada vez mais difícil presenciar ao vivo algo tão belo.

Faz parte da rotina, da maioria, ficar mais tempo na cidade que no campo. Não há mais tempo para isso, é o que alguns podem dizer alegando a insuperável carga de trabalho que preenche as raras lacunas de tempo livre, muitas vezes tempo já reservado a um passeio no parque, uma visita a uma cachoeira ou a família.

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Por Maurício Guimarães

Já faz quase 3 anos desde o lançamento do filme “Uma Verdade Inconveniente”. Apresentado pelo Ex-Presidente norte-americano, Al Gore, sobre vários aspectos, considero um filme muito bom, mas, principalmente, considero como ponto alto sua produção, os recursos tecnológicos empregados e imagens associadas. Quem não achou o máximo aquele elevador que impulsiona Al Gore, levando-o a alcançar a extremidade do gráfico que, na sua progressão, extrapola o painel da apresentação, quase se chocando contra o teto do auditório? Contudo, também me chamou atenção o fato de apesar de inúmeras as referências citadas por Al Gore, sejam aquelas de seus amigos cientistas a ilustres desconhecidos, não serem citados os respectivos nomes, assim como também não é possível obter tais referências nos créditos finais do filme. O filme e suas previsões catastróficas são realmente impressionantes! O mundo vai acabar… é verdade! O fato é que também me assusta a maneira como a maioria das pessoas se deixaram comover! Pessoas passaram a acreditar em duas hipóteses: A primeira, visto a nossa ineficiência em reverter a iminente destruição do planeta, faz menção ao fato de que nada mais nos cabe fazer além do que esperar. A segunda, é que se “todos” resolverem, não só mudar seus hábitos, mas também, se mobilizarem e cobrarem dos nossos governantes medidas sustentáveis de crescimento e redução da emissão dos gases poluidores, é possível que haja salvação.

 

Impressiona-me, de fato, como é possível que as pessoas, em sua maioria, atribuem ao Aquecimento Global, todas as mudanças climáticas percebidas (lêem-se efeitos metereológicos e hidrológicos), Será que isto está realmente acontecendo? É muito comum escutar alguém dizendo: “Nossa, nunca vi, em toda minha vida, um nível tão baixo, quanto ao que estou presenciando no rio de minha cidade”. Primeiro que “toda minha vida” certamente não é tempo suficiente, dentro da escala geológica, de atribuir aquela conseqüência ao Réu da vez. Também, se perguntarmos a esta pessoa quando foi constatada, em qualquer outra oportunidade, o segundo nível mais baixo, certamente esta não saberá responder.

 

Os acontecimentos climáticos são normais na história da Terra. As glaciações, por exemplo, de acordo com o que se tem disponível, inclusive na web, são fenômenos climáticos que ocorrem ao longo da história do planeta Terra. Como o próprio nome sugere é um período de frio intenso, dentro de uma era do gelo, quando a temperatura média da Terra baixa, provocando o aumento das geleiras (ou glaciares) nos pólos e em zonas montanhosas, próximo às regiões de neve perpétua. As Glaciações ocorreram em diversas ocasiões durante a história da Terra e, aproximadamente, a cada 250 milhões de anos, sendo que a última iniciou-se há três milhões de anos e se prolongou até a atualidade. No intervalo compreendido entre cada uma das glaciações, houve períodos relativamente mais quentes, chamados períodos interglaciais, em um dos quais, iniciado há dez mil anos, se enquadra a história das civilizações humanas.

 

Mas não satisfeitas, algumas pessoas já começaram até a apresentar seus textos dizendo, por exemplo: “Nova Era Glacial é Adiada Pelo Aquecimento Global”, reconhecendo, pelo menos, a existência de ciclos climáticos que incidem sobre nosso planeta.

 

Não é minha intenção, pregar aqui que todos passem a duvidar sobre o que tem sido tão amplamente difundido na mídia ou em alguns trabalhos científicos. Não há como negar que o Aquecimento Global tem como uma de suas causas as ações cometidas pelo o Homem, mas qual seria esta parcela de contribuição? Seria esta significante e, talvez, irreversível?

 

Vale aqui um exercício: fazermos a diferença. Como diria Dalai Lama: “Seja a Diferença que Você Quer Ver no Mundo”. Não importa a causa que nos levará à extinção se nada fizermos para evitá-la. O que vale, portanto, não é somente nos preocuparmos somente com as emissões atmosféricas, mas sim, preocuparmos, também, com o nosso lixo, como nossos recursos naturais, com a ocupação desordenada sobre o solo… , com o nosso frágil ecossistema que possui tantas outras variáveis que se não bem tratadas, também poderão nos levar ao término de nossa espécie.

 

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No dia 28 de março de 2009, como foi de acontecimento de alguns, foi realizado o evento global denominado HORA DO PLANETA. Era bem simples a idéia: às 20h30min de sábado, todas as pessoas, demonstrando um movimento de conscientização ambiental globalizada, deveriam apagar suas luzes por 1 hora. Foi realmente um momento de muita expectativa para mim e para minha família aqui em Belo Horizonte/MG. Meu filho, de 2 anos e 8 meses, parecia que tinha sido contagiado por mim. Ele perguntava o porquê daquela agitação, por que iríamos apagar as luzes e um monte de outros porquês típicos de crianças desta idade. Todos nós estávamos reunidos na sala “pendurados” na janela para participar deste evento único em prol do meio ambiente. Assim que o relógio marcou 20h30min, apagamos as luzes de nossa casa e… NADA ACONTECEU lá fora. Minha esposa, para não interromper a sua leitura, me pediu uma lanterna de cabeça, enquanto meu filho ficou brincando na sua barraquinha. Então pensei comigo: Caramba, será que meu relógio estava errado!? Não, não estava. Parece que todos ali fora realmente não faziam idéia do que “deveria” ser feito. Mas, deveria por quê? Apesar de todo o material de mídia circulante, Marcos Palmeira e lá outras coisas… Por que isto iria comover todo um País? No FANTÁSTICO de domingo tava lá a notícia. Até o Cristo Redentor apagou suas luzes. Em uma série de monumentos também se observou o apagão. Mas e nas casas das famílias? Conscientização ambiental… Educação ambiental… Talvez seja disto que estamos falando. A idéia da coletividade, do fato de que, por mais insignificante uma ação possa parecer, quando todos juntos ela tem poder. Enfim, fiz a minha parte, eu e minha família e foi bem legal, pois, sem luzes, sem TV, sem música, naquele momento tivemos a oportunidade de melhor ouvir um ao outro. A todos que participaram deste evento, um grande abraço e sorte a atual e próximas gerações que aqui passarão… Ou não.

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Quase uma obrigação, depois de uma semana pesada de muito trabalho, domingo é o dia reservado para eventos em família. Como não seria diferente com a minha, hoje fomos ao Zoológico de BH com o intuito de mostra ao Jorge, nosso filho, todos aqueles animais que tanto chamam sua atenção em documentários de TV ou aqueles que ilustram seus livros preferidos. Domingo de sol, muitas famílias o aproveitaram imensos espaços verdes, cheios de árvores e extensas áreas gramadas, para se reunirem e, também, fazerem um “lanchinho”. Pois bem, é a respeito deste tipo de comportamento que irei tratar.

Como já é sabido das pessoas que lêem com alguma frequência o Blog AUSTRALOPITECOS, o mesmo tem como proposta apresentar idéias e pensamentos a respeito de como a civilização tem contribuído com o Meio Ambiente. Desta forma, não este post não será uma exceção, ainda mais porque estaremos tratando de assuntos já expostos neste espaço, uma vez que serão abordados temas como preservação do meio ambiente e educação ambiental.

sdc10968Durante as poucas horas (cerca de 2) que eu, minha esposa e meu filho estivemos no Jardim Zoológico de BH, onde inclusive também tem o Jardim Botânico, além do aparente descuido observado nas suas instalações, bem como com o local onde se encontravam os animais, foi impressionante constatar o grande número de tendas que comercializavam lanches e produtos industrializados, além das lanchonetes oficiais. Por sua vez, esse intenso mercado aliado aos alimentos trazidos pelas famílias, poderiam se não fosse o contrário, representar um grande potencial para a degradação daquele ambiente, assim como representar um risco aos animais que estariam expostos a “boa vontade” das pessoas que deveriam achar que os mesmos passavam fome e que, portanto, mereciam um pouco de batata fria, refrigerante, pipoca ou qualquer outra coisa que lhes matariam a fome. Pois foi exatamente isso que se verificou. Talvez alguns ali pudessem ser tranquilamente comparados com algum dos primatas enjaulados.

sdc10962sdc109651sdc10969Um grande descaso a natureza, com a própria espécie que tanto tempo demorou para chegar onde se encontra atualmente, bem como as demais, vítimas de sua irracionalidade e seu cárcere. Lixo para todo o lado. Papel de balinha, guardanapo, garrafas pet, saquinho de salgadinhos … Tudo isso dentro e fora das jaulas. A educação, seja ela ambiental ou não, é algo realmente ignorado pelas pessoas que cometiam tal crime…e olha que, certamente, eles sabiam o que estavam fazendo.

sdc10964Sem querer muito entrar no mérito da responsabilidade das pessoas que mantêm o ZOO, o que inclui a sua manutenção e limpeza, primeiro gostaria de dar os parabéns ao grande número de lixeiras que lá se encontram, fazendo alusão, inclusive, ao princípio de uma coleta seletiva, ação que provavelmente demandaria uma maior proximidade com as intenções e percepções de quem frequenta o local; Depois, vale lembrar que o próprio desleixo que se observou com o local, o que não justifica o que vou agora dizer, faz com que seus frequentadores se achem no direito de contribuir com sua parcela de ignorância espalhando seu lixo. Apesar de destacar a grande área reservada ao local, bem como os grandes recintos dedicados aos animais, quando comparados com ZOOs, p. ex., de São Paulo e Rio de Janeiro, o fato é que atualmente o Jardim Zoológico e Jardim Botânico de Belo Horizonte, baseado ou não nesse desrespeito e descaso, não é um lugar que eu recomendaria a ser visitado. Espero, sinceramente que este local venha a ser tratado com mais respeito, tanto por seus gestores, como pelos seus visitantes, para que meu filho possa, em suas futuras visitas, ter mais prazer. Hoje fizeram mais sucesso os inúmeros micos e aranhas tecedeiras que proliferam sem controle por toda extensão do ZOO.

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Com dizem por aí, educação vem de casa e, desta forma, segue uma foto do meu filho contribuindo para a preservação do ZOO e conscientização ambiental.

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